O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento moderado no segundo trimestre de 2025, refletindo uma desaceleração em relação ao primeiro trimestre e influenciado pela política monetária restritiva. A taxa de juros, fixada em 15% ao ano, e a tarifa extra de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros são fatores que devem continuar a impactar a economia nos próximos meses. Especialistas projetam que o crescimento do PIB para 2025 ficará entre 2,2% e 2,5%, com o Ministério da Fazenda indicando um “leve viés de baixa” em relação à sua previsão anterior de 2,5%.
Os Dados Principais
- Crescimento do PIB no segundo trimestre: 0,4% em relação ao trimestre anterior.
- Crescimento do PIB no primeiro trimestre: 1,3%.
- Retração do setor agro: -0,1% após crescimento de 12,3% no trimestre anterior.
- Queda na formação bruta de capital fixo: -2,2%, a primeira desde o terceiro trimestre de 2023.
- Projeção de PIB pela Fiesp para 2025: 2,4% e 1,9% para 2026.
- Projeção do PIB pelo Banco Pine para 2025: 2,3%.
- Expectativa de Selic em dezembro de 2026: 11%.
O Cenário por Trás do Indicador
O crescimento de 0,4% no PIB no segundo trimestre, embora levemente acima das expectativas do mercado, que era de 0,3%, sinaliza uma desaceleração em comparação ao aumento de 1,3% do trimestre anterior. O desempenho do setor agrícola foi um dos fatores que contribuíram para essa perda de impulso, com uma leve retração após um forte crescimento no período anterior. Além disso, a atividade econômica foi pressionada por um cenário de juros altos, que impactou negativamente setores como a construção civil e a indústria de transformação. A Fiesp observou que essas áreas são particularmente sensíveis ao aperto monetário e às condições financeiras restritivas.
Os investimentos também sofreram uma queda significativa, refletindo a dependência do crédito em um ambiente de taxas elevadas. O Banco Pine atribuiu essa retração à alta taxa de juros e ao aumento das incertezas globais, especialmente em relação às relações comerciais com os Estados Unidos. A Fiesp e outros analistas destacam a necessidade de atenção às condições econômicas, prevendo um crescimento mais fraco para a indústria de transformação nos próximos anos.
Conclusão
As perspectivas para a economia brasileira indicam um cenário de desaceleração, com a possibilidade de que a taxa de juros elevada continue a limitar os investimentos e o crescimento. O desempenho do PIB no segundo trimestre confirma a tendência de perda de dinamismo, levando a projeções mais cautelosas para o futuro próximo.
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Indicadores Econômicos
2025-09-03 06:00:00