Bitcoin é uma moeda, assim como o Real é uma moeda. Mas é uma moeda virtual. Você não pode tocá-la fisicamente. Se o Real é a moeda usada no país chamado Brasil, o Bitcoin é a moeda usada no “país” chamado Internet.
Como toda moeda, ela serve para trocar coisas. Por exemplo, você pode trocar seu carro por uma ou mais motos. Mas você não conseguiria fazer isso, sem usar uma moeda. Você primeiro vende o carro, converte em moeda e depois usa a moeda para comprar a moto (ou motos). O Bitcoin serve para a mesma coisa: troca de bens e serviços.
O BITCOIN NÃO USA BANCO, NEM GOVERNO
A diferença do Bitcoin para as outras moedas é que ele não é emitido por bancos. No caso do Real, o governo é quem emite a moeda e centraliza essa emissão. No caso do Bitcoin, a rede de computadores mundial é quem emite o Bitcoin de forma descentralizada. Mas não se preocupe, pois existe controle sobre essa emissão de Bitcoins.
SÓ EXISTIRÃO 21 MILHÕES DE BITCOINS!
Pela regra do Bitcoin, só serão emitidos 21 milhões de Bitcoins no mundo. Nem um a mais!
Apesar de parecer pouco, o valor de um Bitcoin é bastante alto, sendo que você pode comprar e vender até centésimos de milionésimos de 1 Bitcoin.
COMO FUNCIONA O BITCOIN
Para entender o funcionamento das transações com Bitcoins, você precisa conhecer dois conceitos fundamentais dessa moeda, que são os endereços Bitcoins e o BlockChain (traduzido por corrente de blocos ou cadeia de blocos).
ENDEREÇOS BITCOINS
Os Bitcoins são armazenados em endereços virtuais. Cada endereço possui de 27 a 34 caracteres alfanuméricos. Imagine quanto é 10 elevado a 48. A quantidade de endereços que podem ser criados é maior do que essa potência.
Cada endereço é uma chave pública criptografada. A cada chave pública, por sua vez, corresponde uma chave privada criptografada. É um par de chaves criptografadas que são usadas para fazer as transações com Bitcoins.
A chave pública deve ser conhecida por todos, pois é necessária para poder realizar as transferências de Bitcoins entre as pessoas. A chave privada, pelo contrário, só é conhecida por você. Fazendo uma comparação com bancos, é como se uma fosse o número da conta e a outra a senha.
Nas transações com Bitcoins, ninguém conhece ninguém. Tudo é feito apenas com essas chaves criptografadas.
Para facilitar, são usados QR Codes, que são os correspondentes gráficos das chaves públicas. Como se sabe, atualmente qualquer câmera de smartphone lê QR Codes e traduz em letras e números correspondentes.
BLOCKCHAIN: CORRENTE DE BLOCOS
A Blockchain é apenas um banco de dados. Banco de dados do quê? Das transações!
Cada vez que se realiza uma transação entre dois endereços Bitcoins, essa transação é conectada na Blockchain. Talvez seria mais correto chamar a Blockchain de corrente de transações.
A CADA 10 MINUTOS, UM BLOCO É CRIADO
Assim, uma ou mais transações formam um bloco; e a corrente de blocos é a Blockchain. Lembrando que transações nada mais são do que transferências de Bitcoins de um endereço a outro (de uma pessoa a outra).
Por convenção (protocolo), a cada 10 minutos, o sistema agrupa todas as transações recentes em um bloco e encaixa-o no final da Blockchain.
O SEGREDO DA BLOCKCHAIN: SEGURANÇA
A Blockchain é o mecanismo que mantém a segurança de todo o sistema de Bitcoins. Cada um dos blocos, que são criados a cada 10 minutos, guardam as informações do bloco anterior. Assim, o único jeito de acessar um bloco específico, seria quebrando a criptografia de todos os blocos depois dele.
NÃO EXISTE COMPUTADOR QUE QUEBRE ISSO!
É praticamente impossível um sistema computacional quebrar essa segurança, já que o nível de processamento está além das capacidades dos computadores. Seria necessário, no mínimo, o poder de mais da metade dos computadores da Internet, trabalhando todos juntos, para poder quebrar a criptografia.
Por causa disso, até as instituições do mundo concreto (financeiras ou não) já estão adaptando esse recurso de segurança às suas transações.
UMA ANALOGIA PARA ENTENDER O GRAU DE SEGURANÇA
Imagine que você pegou uma linha de costura e deu 10 milhões de nós cegos nela. Agora você deseja acessar um dos nós que se encontra no meio do novelo. Você teria que desatar nó por nó para chegar lá.
A questão da complexidade no nível humano, seria a paciência. No nível computacional, contudo, seria o tempo e o processamento, que seriam exorbitantes para qualquer sistema computacional. É impossível.
AS TRANSAÇÕES SÃO PÚBLICAS, MAS ANÔNIMAS
Apesar de toda a segurança, as transações são públicas. Todo mundo pode ver as transferências ocorridas. Se alguém quiser, contudo, acessar os dados de uma delas qualquer, não conseguirá por causa da segurança da Blockchain.
A publicidade garante que uma mesma moeda de Bitcoin não seja transferida mais de uma vez. Se alguém tentar, não vai conseguir, já que isso é feito de forma pública.
O ANONIMATO DA PESSOA
As transações são feitas entre endereços, não entre pessoas. São feitas entre códigos, não entre nomes. Assim, todo mundo pode ver os endereços (códigos) que estão realizando transferências entre si, mas não podem identificar quem são os seres humanos por trás deles.
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Até a próxima!