Recentemente, a internet se viu envolta em uma faixa melancólica intitulada “Sina de Ofélia”, que rapidamente se tornou viral nas redes sociais. A música utiliza Inteligência Artificial para simular a voz inconfundível de Luísa Sonza, sendo inspirada na obra “The Fate of Ophelia”, que está ligada ao universo de Taylor Swift.
Embora a melodia tenha conquistado muitos fãs, a profundidade dramática da personagem que dá nome à canção é muitas vezes desconhecida. Ofélia é uma das figuras mais trágicas da literatura mundial.
A origem no clássico de Shakespeare
Ofélia é uma personagem central da peça Hamlet, escrita pelo dramaturgo William Shakespeare. Ela é apresentada como uma jovem doce e obediente, filha de Polônio, conselheiro do rei da Dinamarca, e irmã de Laertes.
A trajetória de Ofélia é marcada pela repressão. Apaixonada pelo príncipe Hamlet, ela vive sob o controle rígido de sua família, sendo constantemente orientada a desconfiar dos sentimentos do príncipe e a se afastar dele.
O ponto de virada e a loucura
O drama da personagem atinge seu ápice quando seu pai, Polônio, é morto acidentalmente por Hamlet. A perda de sua principal referência de autoridade, somada à falta de autonomia emocional e ao isolamento na corte, desencadeia um colapso mental.
Na obra, Ofélia entra em um estado de desorganização psíquica, vagando pelo castelo e entoando canções desconexas que expressam sua dor, um paralelo direto com a natureza lírica do viral que circula na voz de Luísa Sonza.
O fim trágico
O destino de Ofélia é selado longe dos holofotes da corte. Sua morte é narrada de forma poética e ambígua: ela cai em um riacho cercada por flores e morre afogada, sem lutar pela vida, consumida por sua própria tristeza.
A viralização de “Sina de Ofélia” traz à tona, através da tecnologia moderna, um arquétipo secular de sofrimento feminino e beleza trágica, ressoando com a estética emocional que artistas como Luísa Sonza e Taylor Swift costumam explorar em suas composições.




