As stablecoins estão se consolidando como protagonistas no mercado de criptomoedas, especialmente no Brasil, onde cerca de 90% das moedas digitais em circulação são desse tipo, segundo a Chainalysis. Essas moedas atuam como uma ponte entre sistemas de pagamento tradicionais e o universo cripto, permitindo preservação de valor, pagamentos internacionais e remessas. O crescimento acelerado das stablecoins na América Latina destaca sua utilidade em países com alta volatilidade cambial, onde ajudam a manter o poder de compra.
Números em Destaque
- Porcentagem de stablecoins no Brasil: 90%
- Estimativa de drenagem de depósitos de bancos: US$ 1 trilhão
- Transferência realizada pelo boxeador Oleksandr Usyk: US$ 100 mil
Detalhes do Anúncio
Um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que as stablecoins podem representar riscos à estabilidade financeira e à política monetária, além de potencialmente competir com o crédito tradicional. O Standard Chartered estima que essas moedas digitais possam drenar até US$ 1 trilhão de depósitos de bancos em economias emergentes nos próximos anos. Esse cenário exige uma atenção redobrada dos reguladores, que ainda estão aprendendo a lidar com esse novo mecanismo financeiro.
O avanço das stablecoins é impulsionado por sua funcionalidade em regiões com inflação elevada, como Argentina e países africanos. Segundo Sofia Düesberg, General Manager da Conduit Brasil, essas moedas permitem que usuários preservem seu poder de compra em um ambiente econômico instável. Além disso, as stablecoins simplificam transferências internacionais, substituindo métodos tradicionais como o SWIFT, que são caros e burocráticos.
Com o crescimento das stablecoins, a regulamentação se torna uma prioridade. Especialistas alertam para a necessidade de criar regras que não impeçam a inovação, mas que também garantam a segurança do sistema financeiro. Paulo Camargo, CIO da Underblock, destaca que a regulamentação deve ser evolutiva e considerar as particularidades de cada stablecoin.
A expectativa é que, no longo prazo, diversas stablecoins coexistam, cada uma atendendo a necessidades financeiras específicas. Além das moedas atreladas ao dólar, como a USDT e a USDC, o DREX, moeda digital do Banco Central do Brasil, também está ganhando espaço. O desafio é equilibrar inovação com segurança, conforme as stablecoins continuam a redefinir o mercado financeiro.
A cotação do Bitcoin e de outras criptomoedas é um indicador volátil do mercado financeiro, frequentemente correlacionado com a cotação do dólar e o desempenho do Ibovespa.
Criptomoedas
2025-10-27 05:21:00
