A Nigéria, tradicional potência do futebol africano, não estará presente na próxima Copa do Mundo, uma ausência que levanta questionamentos sobre sua trajetória recente. Conhecida por seu histórico forte, a seleção nigeriana participou de 6 das 7 Copas do Mundo entre 1994 e 2018 e conquistou três títulos na Copa Africana das Nações entre 1976 e 2013, além de ter vencido o ouro olímpico em Atlanta-96.
A exclusão da Nigéria do Mundial se deu após uma eliminação dolorosa em 2022, quando perdeu para Gana em um jogo decisivo em casa. No ano seguinte, a equipe chegou à final da Copa Africana das Nações, mas perdeu a oportunidade de conquistar o tetracampeonato para a Costa do Marfim. A situação se complicou ainda mais com a saída do técnico português José Peseiro e a dificuldade de integração do novo treinador, Finidi George, com um elenco repleto de jogadores temperamentais, como Victor Osimhen.
Com a ampliação das vagas para a Copa do Mundo, a Nigéria enfrentou um grupo desafiador nas eliminatórias, incluindo a África do Sul. A chegada do técnico Éric Chelle, que tem experiência com a seleção de Mali, trouxe esperança, mas a equipe apenas conseguiu chegar à repescagem, onde foi eliminada pela República Democrática do Congo nos pênaltis.
Em um último esforço, a Nigéria fez uma reclamação formal, alegando irregularidades na nacionalidade de jogadores congoleses que possuem passaporte europeu. No entanto, a FIFA não encontrou evidências suficientes para apoiar o apelo nigeriano, levando os congoleses a avançarem para a repescagem mundial em março.
Com um elenco talentoso, a Nigéria não só lamenta sua ausência na Copa do Mundo, mas também se prepara para a Copa Africana, buscando reafirmar sua posição como uma das melhores seleções do continente e superar um episódio que muitos consideram um acidente de percurso.




