O dólar fechou a sessão desta quinta-feira, 11, em leve queda, cotado a R$ 5,3922, com uma variação de -0,27%. Essa movimentação está alinhada à desvalorização da moeda americana no mercado internacional, impulsionada por dados do emprego nos Estados Unidos que aumentaram as expectativas de cortes de juros mais acentuados pelo Federal Reserve (Fed) até o final do ano.
Dados da Cotação
- Fechamento do Dólar: R$ 5,3922
- Variação do Dia: -0,27%
- Mínima do Dia: R$ 5,3741
Contexto do Mercado
Pela manhã, a moeda americana apresentou um recuo mais acentuado, atingindo o menor valor intradia desde junho do ano anterior. A diminuição das perdas à tarde foi atribuída a ajustes de lucros e à busca por posições defensivas, em um cenário de cautela em relação ao ambiente político local. O voto da ministra Cármen Lúcia, que formou maioria no STF para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, pode influenciar sanções dos EUA ao Brasil e a autoridades locais.
Adicionalmente, uma pesquisa do Datafolha que mostrou melhora na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ter limitado a valorização do real. Investidores estão atentos à possibilidade de que uma vitória da oposição nas eleições de 2026 poderia resultar em uma mudança na política econômica em direção a uma maior austeridade fiscal, o que poderia impactar os prêmios de risco e a valorização do real.
O dólar à vista, após oscilar entre R$ 5,38 e R$ 5,39, terminou o dia em queda. O real, que tem se destacado como a moeda latino-americana com melhor desempenho no ano, se apreciou menos em comparação a outras divisas da região, como o peso mexicano, chileno e colombiano. Ricardo Chiumento, superintendente da Mesa de Derivativos do BS2, observou que o mercado está cauteloso em relação ao suporte de R$ 5,40, o que leva a ajustes quando o dólar apresenta quedas mais acentuadas.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, estava em torno de 97,500 pontos no final do dia, com uma queda de pouco mais de 0,25%. Os dados do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, que subiu 0,4% em agosto em comparação a julho, também influenciaram as expectativas do mercado, embora a alta tenha ficado acima da mediana das projeções.
Investidores aumentaram suas apostas em cortes mais agressivos de juros pelo Fed, especialmente após os números superiores ao esperado de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. As chances de uma redução acumulada de 75 pontos-base até o final do ano subiram de 60% para mais de 80%. As expectativas predominantes são de um corte de 25 pontos-base na próxima reunião do Fed.
O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, comentou que apesar dos dados de inflação não serem favoráveis, a inflação ao produtor sugere que os efeitos de aumentos de tarifas podem ser temporários. Ele ressaltou que o foco do Fed parece estar no mercado de trabalho, o que aumenta a relevância dos números relacionados ao seguro-desemprego.
O que é o Dólar Comercial?
O dólar comercial é a cotação da moeda americana utilizada em transações comerciais internacionais. Ele é fundamental para o comércio exterior, pois serve como referência para a conversão de outras moedas e para a definição de preços de produtos e serviços no mercado global. A variação do dólar comercial pode impactar diretamente a economia de um país, influenciando desde a inflação até a competitividade das exportações.
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2025-09-11 20:11:00