Dólar encerra em queda de 0,27%, a R$ 5,3922, menor valor de fechamento desde 12 de agosto

O dólar encerrou a sessão desta quinta-feira (11) em leve queda, cotado a R$ 5,3922, apresentando uma variação de -0,27%. Essa movimentação acompanhou a desvalorização da moeda norte-americana no mercado internacional, impulsionada por dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos que reforçaram expectativas de cortes de juros mais agressivos pelo Federal Reserve até o final do ano.

Dados da Cotação

  • Fechamento do Dólar: R$ 5,3922
  • Variação: -0,27%
  • Mínima intradia: R$ 5,3741

Contexto do Mercado

Durante a manhã, o dólar apresentou um recuo mais acentuado, alcançando a mínima de R$ 5,3741, o menor valor intradia desde junho do ano anterior. No entanto, a redução das perdas à tarde foi atribuída a ajustes para a apuração de lucros e à recomposição de posições defensivas, em meio a um ambiente de cautela em relação ao quadro político no Brasil.

O voto da ministra Cármen Lúcia, que formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, levantou preocupações sobre possíveis sanções dos EUA ao Brasil. Além disso, uma pesquisa do Datafolha que mostrou uma melhora na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também influenciou a moeda brasileira. Há uma percepção entre investidores de que uma possível vitória da oposição nas eleições de 2026 poderia resultar em uma mudança na política econômica, favorecendo uma postura de austeridade fiscal.

O dólar à vista, após oscilar entre R$ 5,38 e R$ 5,39, fechou em R$ 5,3922, o menor fechamento desde 12 de agosto. O real, que se destaca como a moeda com melhor desempenho na América Latina, teve uma valorização mais modesta em comparação com outras divisas, como o peso mexicano, chileno e colombiano.

Ricardo Chiumento, superintendente da Mesa de Derivativos do BS2, comentou que o mercado está cauteloso quanto ao suporte de R$ 5,40, o que resulta em ajustes quando o dólar apresenta quedas mais significativas. Ele também destacou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pode estar influenciando o dólar devido ao receio de retaliações por parte dos EUA, sugerindo que, sem essa tensão, a moeda poderia estar abaixo de R$ 5,35.

No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, estava em torno de 97,500 pontos, com uma queda de pouco mais de 0,25%. O índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA subiu 0,4% em agosto, ligeiramente acima da expectativa de 0,3%, e, na comparação anual, a alta foi de 2,9%. Apesar disso, os investidores aumentaram as apostas em cortes mais agressivos do Fed, especialmente após dados de pedidos de auxílio-desemprego que superaram as expectativas.

As chances de um corte acumulado de 75 pontos-base até o final do ano aumentaram de 60% para mais de 80%, com a expectativa de um corte de 25 pontos-base na reunião do dia 17. Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, observou que, apesar da inflação ao consumidor, a inflação ao produtor sugere que os efeitos dos aumentos de tarifas podem ser temporários, com o foco do Fed atualmente voltado para o mercado de trabalho.

O que é o Dólar Comercial?

O dólar comercial é a moeda utilizada nas transações de comércio exterior e é a cotação mais referenciada para operações de importação e exportação. Sua taxa é influenciada por diversos fatores, incluindo a oferta e demanda de dólares no mercado, políticas monetárias, condições econômicas e eventos políticos. O dólar comercial desempenha um papel crucial na economia global, servindo como um padrão de valor para a maioria das transações internacionais.

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Cotação do Dólar


2025-09-11 18:23:00

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